A Última Ceia 

Trabalho realizado em Contraplacado de Madeira de Choupo
Medidas originais: 62 * 29 * 0,5 Cm
Mais uma vez é muito importante lixar bem a superfície onde se vai trabalhar, quanto mais lisa estiver, mais fácil será a transposição da imagem bem como o deslize da ponta do pirógrafo. Limpar bem e então depois é só desenhar/decalcar a carvão. Quando se começa a queimar, deve-se ter o cuidado de apagar antes o excesso do carvão, para não se misturar com a queima e assim interferir no resultado que se pretende, deixando para o efeito só linhas orientadoras. Outro cuidado que se deve ter em conta é o apoio da mão, a maioria, apoia a mão na superfície que está a trabalhar, dá mais estabilidade/firmeza, devem-se adotar medidas para evitar esse contacto direto, recorrendo a uma luva, um apoio, etc... com o propósito de evitar a passagem para a peça de gorduras, transpiração, etc... alterando assim a queima. Da mesma forma deve existir o cuidado de não respirar os fumos resultantes da queima, principalmente nos compostos derivados de madeira.

Parte da evolução da Última Ceia

Como se trata de um trabalho com alguma dimensão, foi feito por etapas, em cima é possível ver parte da evolução do mesmo.

A Última Ceia (continua)

E a saga continua, na imagem, podem verificar que a borracha para apagar o excesso de carvão está sempre por perto, a imagem original (a preto e branco) para ir orientando o trabalho e neste caso uma folha de papel/rascunho serve de apoio para a mão.

A Última Ceia

Depois de muitas horas, não me dei ao trabalho de contabilizar o total (só para dar uma ideia cada discípulo demorou em média 3 horas), muita paciência e dedicação, foi possível concluir o trabalho. Nesta arte o erro não se apaga, daí a ter que haver um cuidado acrescido no que se está a fazer. Trata-se de uma reprodução, alterada, de uma pintura a óleo de Walter Rane (" In remembrance of me), concluída em 1997.